sexta-feira, 1 de junho de 2012

Chamado para o ato do dia 04/06

A Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo não é propriedade de nenhum grupo. Não pertence ao Comando de Greve. Tampouco ao Contraponto. Tampouco pertence à Atlética ou a qualquer outro grupo que possa existir.
Não é propriedade só de discentes, só de docentes ou só de servidores. Não é monopólio de nenhum grupo, setor, ou ideologia. É pública. Pertence de formas distintas a todos esses grupos, setores e ideologias, tomados e entendidos como integrantes de uma coletividade.
... “DERRUBA O MURO! A UNIFESP É DE TODO MUNDO!” – diz a frase de ordem do momento.
Na verdade, é mais de um muro. São vários muros. O muro da intolerância que por pouco não culminou em agressões físicas foi erguido, assim como o muro que divide supostos esclarecidos de supostos alienados, que divide supostos sensatos de supostos inconsequentes. Assim como a comunidade da Unifesp permitiu que estes muros fossem construídos, a mesma deve se responsabilizar e assumir o compromisso de derrubá-los.
Propomos começar a derrubada através dos muros que não são palpáveis, mas que representam firmes construções internas em cada um de nós. São estes os muros que separam alunos de alunos, grupos de grupos, setores de setores. Por que não derrubar toda e qualquer barreira que nos faz dividir as coisas em simples dicotomias? Afinal, nada é passível de ser caracterizado apenas como bom ou mau.
A apatia de muitos permite a ação de poucos – quando muitos não comparecem, não se manifestam e não demonstram seu interesse vívido pela Universidade, poucos o fazem e fazem como bem o desejam (afinal, não podem captar vontades por telepatia). Por isso, relembramos: o campus é de todos, pertence a todos nós. Todos devemos ocupá-lo. Não no sentido submisso de continuar um trabalho já começado, de permanecer em uma ideia já comumente disseminada, mas no sentido de agir, de oferecer um salto qualitativo ao Movimento Estudantil da Unifesp. Para tal, todo grupo que se pretenda um Leviatã deve ser combatido. Liberdade e pluralidade de ações! O objetivo é comum, mas as ações podem ser plurais, o movimento não é composto de uma massa homogênea.
Diferente do que alguém talvez tenha dito, se estamos nesse campus é porque merecemos. Todos merecem estar nesse campus. E não haverá forma de declarar quem pode ou não constituir esse corpo político! O campus é nosso, é de todos!
Urge a derrubada de vários muros, e para isso convidamos a todos a participar do “Ato em defesa da EFLCH”, segunda-feira 04/06 para que se inicie uma reviravolta na situação do campus, para que juntos, todos passemos a ocupar o campus e agir em prol do atendimento das pautas.
(Estamos em greve – greve nacional de docentes: vale utilizar esse tempo e espaço para mobilizar forças)

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